Um dos desafios que os professores enfrentam ao trabalhar com os alunos em nossos cursos de inglês, informática e administração é a resistência que alguns alunos podem ter ao serem convidados para trabalhar em grupo ou mesmo participar de forma ativa praticando o conteúdo que esta vendo nas aulas.
A participação ativa do aluno, talvez por ser diferente do formato do que é visto em escolas de ensino regular, é algo que, embora muito benéfico, os alunos nem sempre se sentem à vontade para se expor diante de outras pessoa.
Ainda que reforcemos que falar inglês vem com a prática, domínio das ferramentas de informática vem com a uso constante e a assimilação de conteúdos de administração são melhor internalizados se usados na prática, ainda temos que preparar estratégias que consideram alunos que não se sentem à vontade para trabalhar em grupo ou mesmo exteriorizar o que tem aprendido.
A seguir observem algumas das reflexões de nossa equipe de professores sobre como devem ser as abordagens em sala para ajudar os alunos com suas dificuldades de interação com outros alunos seja por medo de sofrerem bullying, vergonha ou outras situações.
“Acreditamos que o primeiro passo é entender os alunos, entender suas ações e os motivos para elas acontecem, pensamos que, a singularidade das pessoas define a singularidade das situações. Discursos para o grupo todo sobre flexibilidade, concessão e respeito do espaço é importante pois os alunos podem entender onde está passando do limite e os outros alunos percebem que o professor não é conivente com a posição desse colega em especifico. Abrimos discussões sobre o assunto com os alunos para que haja a compreensão que estamos em um ambiente seguro para tomar riscos que solidifiquem a aprendizagem.”
“Podemos sempre conversar com o aluno em particular de maneira clara e honesta, pergunte se ele percebe o que está acontecendo e explique os motivos pelo qual os outros alunos não estão confortáveis com esse posicionamento dele. Deixar que os outros alunos intervenham também pode ser uma boa ideia, caso o aluno se sinta desconfortável com a maneira que os alunos o tratam (uma vez que alunos inflexíveis normalmente são tratados diferentes) é importante que ele ouça o descontentamento dos outros alunos com ele também. Uma conversa aberto com o professor conciliador pode ser uma forma de estabelecer coesão no grupo para que todos se ajudem.”
“Estratégias com aluno usando a pouca flexibilidade a favor do grupo. Torne-o um ajudante, assim ele sente que tem importância dentro da sala, mas estará sempre ao seu lado, esse aluno pode ser muito bom em auxiliar os colegas, liderar grupos e dinâmicas. Mas é importante que ele não seja o único a assumir esta posição, ou ele pode acabar se sentindo o próprio professor da turma. Tenha sempre dois times, dois supervisores, etc. Com isso alunos que não trabalham bem em grupo podem se sentir mais a vontade. Lembrando que o professor deve acompanhar constantemente.”
“Sinceridade e clareza pode ser uma forma muito positiva, explicar para os alunos que devem se ajudar e respeitar os outros colegas para podermos evoluir juntos normalmente nos traz ótimos resultados. Diante de resistências conversas em particular são uma boa ideia, elogiar o aluno e pedir ajuda durante as aulas em alguns casos acabam sendo bem positivo.”
A escolha da abordagem do professor influência no desenvolvimento do aluno. A teoria interacionista serve como base para o construtivismo, ou seja, construir através da interação, por isso, o papel do professor é mediar e interagir com seus alunos disseminando a cultura. O aluno participa de forma autônoma no seu próprio conhecimento. Por isso as estratégias escolhidas devem ser as que trazem um ambiente seguro para que os alunos possam aprender o máximo de nossos cursos profissionalizantes de Informática e Administração ou nos cursos de Inglês para crianças jovens e adultos.